Como as Conferências das Partes da ONU estão abordando a interconexão entre as crises dos oceanos: mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Assim como um surfista conectado ao ritmo do oceano, a humanidade precisa estar atenta aos sinais das crises ambientais que assolam nossos mares. Este ano, navegamos entre três Conferências das Partes (COPs) da ONU – biodiversidade, mudanças climáticas e desertificação – e os oceanos emergem como um ponto crucial de convergência.
A Tríplice ameaça aos oceanos:
Os oceanos enfrentam uma combinação de desafios: mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade. O aumento do nível do mar, acidificação, desoxigenação e a degradação de ecossistemas marinhos são apenas alguns dos sintomas alarmantes. Mas será que as COPs da ONU estão dando a devida atenção a essa interconexão?
COP16 da Biodiversidade (Cali, Colômbia):
A COP16, realizada em Cali, focou no Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal, que estabelece a meta de proteger 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030. No entanto, a conferência revelou um cenário preocupante: a proteção dos oceanos está muito aquém do objetivo. Apesar de instrumentos como o Acordo do Alto-Mar, o Acordo sobre Medidas do Estado do Porto e o Acordo de Subsídios à Pesca, o financiamento para a proteção da biodiversidade marinha permanece um gargalo. A Redfis (Rede da América Latina e do Caribe para um Sistema Financeiro Sustentável) alertou para a insuficiência de recursos e o crescente endividamento dos países do Sul Global, que compromete investimentos cruciais no combate à crise climática.
COP28 das Mudanças Climáticas (Baku, Azerbaijão):
A COP28, sediada em Baku, abordou a urgência da redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação aos impactos das mudanças climáticas. Os oceanos, como reguladores do clima e absorvedores de carbono, desempenham um papel fundamental nessas discussões. A conferência buscou fortalecer os compromissos globais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nos oceanos e promover a resiliência das comunidades costeiras.
COP15 da Desertificação (Riade, Arábia Saudita):
A COP15, realizada em Riade, destacou a importância da gestão sustentável da terra para combater a desertificação e a degradação do solo. Embora o foco principal seja terrestre, a conferência reconheceu a interconexão entre ecossistemas terrestres e marinhos, enfatizando a necessidade de uma abordagem integrada para a gestão ambiental.
A Conexão entre as COPs:
As três COPs, apesar de suas agendas específicas, convergem na necessidade de proteger os oceanos. A saúde dos oceanos está intrinsecamente ligada à biodiversidade, ao clima e à desertificação. Uma abordagem holística e integrada é essencial para enfrentar esses desafios interconectados.
Oportunidades para a Economia Circular:
A gestão sustentável dos oceanos abre portas para a inovação e a economia circular. Empresas que investem em tecnologias e práticas sustentáveis, como a ADC Portland, estão na vanguarda desse movimento, transformando desafios em oportunidades de negócio.