A Estação Espacial Internacional (ISS), um marco da exploração espacial, se aproxima do fim de sua vida útil. A NASA planeja sua desorbitação, a retirada controlada da órbita, para 2031, levantando questões cruciais sobre os impactos ambientais desse processo.
A reentrada da ISS na atmosfera terrestre representa um desafio complexo. Com 450 toneladas, a estrutura pode liberar substâncias nocivas durante sua queima, afetando a camada de ozônio e o clima. Embora a queda no oceano seja considerada um risco menor em comparação com outras formas de poluição marinha, como navios afundados, a liberação de detritos e componentes da estação no ambiente marinho ainda é uma preocupação.
Especialistas defendem a necessidade de um plano de desorbitação rigoroso para minimizar os impactos ambientais. A NASA contratou a SpaceX para desenvolver um veículo deorbital que direcionará a ISS para uma área remota do oceano, reduzindo os riscos para a população e o meio ambiente.
A Convenção de Londres, que regula o despejo de resíduos no mar, pode servir de base para a desorbitação da ISS, garantindo a proteção dos oceanos. Alternativas, como a desmontagem da estação no espaço ou seu deslocamento para uma órbita mais alta, são consideradas, mas apresentam desafios técnicos e custos elevados.
A crescente preocupação com a sustentabilidade na exploração espacial impulsiona a busca por soluções inovadoras para a desorbitação de grandes estruturas como a ISS. A colaboração entre agências espaciais, cientistas e organizações ambientais é fundamental para garantir que o processo seja conduzido de forma segura e responsável, minimizando os impactos ambientais e preservando o espaço para as futuras gerações.